Saturday, July 10, 2010

Realidade, fantasias masculinas e herança matriarcal

Fetiches e fantasias sexuais sempre foram comuns em qualquer sociedade, sobretudo as mais repressoras, pois permitem, na segurança do lar, liberar desejos reprimidos e, pelo menos por alguns instantes, tornar realidade o que na ordem social cotidiana parecia impossível. Com a ajuda do sistema capitalista, as fantasias sexuais se constituíram em um mercado próprio, voltado para um conjunto de consumidores que não para de crescer e assumir que, entre quatro paredes, vale tudo. De todos os fetiches que caracterizam a vida no ocidente, sem dúvida alguma, a que mais cresce é a “dominação feminina”, ou seja, a situação em que, contrariando a lógica machista, os as mulheres comandam a situação diante de machos submissos. Será que isso tem um motivo?


Na verdade, muitos psicólogos acreditam que, entre quatro paredes, esta sempre foi a fantasia masculina predileta. Separando bem fantasia e realidade, de forma que sua autoridade real não fosse ameaçada, muitos terríveis e valentes machões sempre se entregaram às suas esposas, fazendo-as assumir o controle da situação, obedecendo-as como animais de estimação. Desde que ninguém soubesse disso, ou seja, fosse um segredo restrito ao quarto, não tinha problema algum. No entanto, nos dias de hoje, a dominação feminina deixa o espaço privado e, em uma velocidade inimaginável, ganhar a vida pública, deixando, em muitos casos, de ser mera fantasia. Já não é tão difícil encontrar homens admitindo que obedecem suas esposas, deixando-a tomar as decisões para o casal. O que explica isso?


A melhor explicação vem de Elise Sutton, autora de trabalhos como “female domination: an exploration of the male desire for loving female authority”, que procura entender a necessidade masculina de se submeter a uma mulher. Como, em uma sociedade machista em que as mulheres, de certa forma, ainda são tratadas como cidadãs de segunda classe, o machista opressor deseja se submeter e obedecer a esta mesma mulher? Segundo a autora, a explicação para isso está há milhares de anos atrás, na época matriarcal, quando, livre das correntes do machismo, a sociedade era comandada pelas mulheres e os homens, sem contestação, eram submissos. Embora existam poucas evidências concretas, acredita-se que a cidadania era exclusividade da mulher, pois ela era a imagem e semelhança da Deusa, sendo responsável pela vida, bem maior de qualquer grupo social. Era a mulher a responsável pela organização política e pelas leis, seja na esfera pública ou privada. Os homens não eram escravos, como muitas vezes o fetichismo erradamente exagera. Eles eram livres, mas para eles estavam destinados os trabalhos secundários da sociedade, especialmente os que exigiam o uso da força física. O segredo da organização matriarcal estava em reconhecer a maior inteligência da mulher. Todo homem crescia sabendo que, apesar de mais forte, precisava ser orientado por um cérebro feminino. Isso mantinha a ordem social intacta.


A discussão de como os homens, aquelas criaturas dóceis e submissas, se tornaram seres autoritários e dominadores, é muita extensa para ser tratada neste texto. Vale destacar apenas que, sem serem considerados um perigo para a ordem social, pois desde que a humanidade pisou sobre a terra eles sempre obedeceram fielmente suas fêmeas, não havia perspectiva de qualquer transformação social. Conforme a sociedade se tornava mais complexa, as mulheres cederam alguns direitos aos homens, aproximando-se cada vez mais de uma sociedade igualitária. Ora, o problema é que a mente masculina, até hoje, age sempre de forma hierárquica. Homens não compreendem a igualdade, pois estão condicionados a obedecer ou a mandar, lógica dualista que, se eles não estavam mais submetidos ao controle feminino, era natural que alguns construíssem uma outra hierarquia, agora baseada na força e na importância da violência para a preservação do grupo social.


Como pode, então, uma criatura feita para obedecer passar a mandar? Na verdade, como muito bem demonstrou William Bond, o homem médio era e continua sendo submisso. Se não mais às mulheres, a alguns outros homens oportunistas, que ao longo da história usaram a força e as palavras para arrebanhar as multidões. Basta ver que as modernas ditaduras só se sustentam porque milhões de submissos o seguem fielmente. Não por acaso, a resistência a ordem estabelecida é bem maior entre as mulheres. Basta ver a perseguição a elas ao longo da história, ou a revolta contra a desigualdade entre gênero no presente, para ver na mulher uma resistência à ordem estabelecida.

Nas últimas décadas, entretanto, a luta das mulheres começou a dar resultado. Conquistaram a igualdade, levam grande vantagem nos indicadores educacionais, progressivamente tomam conta dos melhores empregos e dos cargos de chefia. Curiosamente, os homens ofereceram muito pouca resistência. É como se estivessem cansados de lutar não contra elas, mas contra sua própria essência. As ruínas do machismo exacerbam a violência contra a mulher, pois o machista já não reconhece mais o mundo que conheceu. No entanto, em um mundo onde receber as ordens de uma mulher torna-se não apenas natural, mas a regra, a chamada memória genética desperta com força devastadora.


Sempre esteve no interior de cada homem a semente latente da submissão a uma mulher. Esta semente aflorava nas fantasias entre quatro paredes, mas, submetidos ao turbilhão de emoções e sensações que é estar novamente subordinado a uma fêmea, o desejo da submissão ganha a esfera pública. Neste processo os homens encontram apenas a sua essência, a ordem natural da sociedade humana, que é matriarcal, assim como em primatas próximos a nós, como os bonobos, os “macacos feministas”. A ciência encontra, na seriedade e na imparcialidade de alguns estudos, a certeza de que, assim como as antigas sociedades matriarcais já sabiam, a mulher é mais inteligente, mais madura, organizada, responsável e social e psicologicamente mais equilibrada. Neste início do século XXI, cada vez mais homens assumem sua derrota na guerra dos sexos, jogam as armas no chão e se entregam não às mulheres, mas a sua própria natureza.

Enquanto alguns ainda resistem de forma violenta, muitos já perceberam sua inferioridade em relação às mulheres. Muitos ainda possuem vergonha de admitir, ou ainda não venceram o orgulho machista. O fetiche, então, é uma forma de colocar pra fora seus desejos reprimidos, a vida que a vergonha impede de se tornar concreta. Ali, submetendo-se a uma mulher, seu verdadeiro “eu” é externado, ganhando forças para a vida diária. Uma válvula de escape psicológica para seus instintos. Outros já admitem, além do fetiche, sua própria inferioridade em relação a mulher, fazendo da sociedade matriarcal o objetivo para se alcançar um futuro promissor de paz e felicidade. Homens como Montagu, antropólogo que, sem receio e enfrentando a fúria machista, escreveu em 1952 a “superioridade natural da mulher”. Homens como o citado William Bond e seus vários livros sobre a sociedade matriarcal. Homens de verdade, que não lutam contra a realidade e aceitam seu lugar.

Monday, July 05, 2010

O veneno da testosterona

Está aí um dos grandes responsáveis pela inferioridade do homem diante das mulheres na sociedade, ou, pelo menos, mais um fator que se junta aos demais. A testosterona, o hormônio masculino que afoga nosso cérebro e aguça nossos instintos mais primitivos. Ela molda o comportamento e a imagem do homem, envenenando a razão e o equilíbrio emocional. Curiosamente, é ela, a testosterona, que vai ressaltar os principais símbolos do homem machista, como a virilidade e a força física.


A testosterona é responsável pelo comportamento agressivo do homem. Ela não só faz os músculos se desenvolverem, como, em situações específicas, embaralha o cérebro masculino, que, cego, abre as portas para o comportamento violento. O homem nervoso é um ser que transpira testosterona, canalizada para o instinto agressivo. A razão já não existe, pois o cérebro responde apenas à mensagem enviada pela testosterona, que toca em suas áreas mais primitivas, que, não por acaso, são mais desenvolvidas nos homens. Ora, todos sabem que a mulher é mais equilibrada emocionalmente, e, em diversas situações, elas se vêem na condição de apartar uma briga iminente. O homem deixa sua essência humana e se transforma no macho Alfa, como qualquer primata violento, enxergando apenas seu adversário.


Por outro lado, a testosterona também é responsável pela obsessão do homem por sexo. Isso é natural, pois, para a reprodução da espécie humana, o homem precisava ter desejo e impulsos sexuais para procurar a sua parceira. No entanto, quando o cérebro se afoga na testosterona, o homem não consegue fazer mais nada. Ao contrário do que diz o ditado popular, o cérebro masculino não está no pênis. Na verdade, é mais certo dizer que o pênis sobe para o cérebro, monopolizando todos os pensamentos. Novamente o homem perde a razão e o equilíbrio, não tem mais concentração. Se entrega a pornografia, em busca de imagens eróticas que o satisfaçam. Se torna violento, agride e vira uma ameaça para as mulheres, protagonizando desde cenas patéticas, no ônibus ou no vagão de um trem, a abusos e crimes das mais diversas conotações sexuais.


E como fica a mulher diante disso? Ela é a vítima principal, claro, precisa denunciar a violência física e os abusos sexuais. No entanto, cabe as mulheres, diante de sua condição superior, buscar orientar os homens. Cabe a mulher, naturalmente, exercer sua condição, dada pela natureza, de conter os instintos impulsivos do homem. O homem que respeita sua mulher sabe quando ela tem razão, e, quando exatamente a razão lhe falta, a voz serena e sóbria da mulher, ou autoritária, não importa, é a certeza de que ele está no seu limite. Isso é, na prática, o mais perto que podemos chegar de uma sociedade matriarcal.

Saturday, May 29, 2010

Mulheres são líderes melhores

Matéria recente publicada no Portal Exame afirma que, de acordo com estudo da Universidade Duke, nos Estados Unidos, as mulheres seriam líderes melhores que os homens. Segundo o estudo, publicado no Journal of Applied Psychology, elas seriam mais sensíveis para tomar decisões de negócios. De maneira geral, seriam mais eficientes para assumir cargos de lideranças, além de também levarem a mulher, em relação aos homens, quando o assunto são relacionamentos profissionais.

Alguma novidade? Talvez para o público em geral, que ainda não se deu conta das gigantescas diferenças que existem entre homens e mulheres, que sempre tendem a favor delas. Ou então para quem, mesmo já tendo percebido estas diferenças, ainda não as tenha associado ao fato do mundo está caminhando para uma configuração que destaca, cada vez mais, a predominância da mulher na sociedade. Na verdade, esta é apenas mais uma pesquisa que confirma os rumos de transformação da nossa sociedade.

Deixando de lado o fato das mulheres, hoje, terem mais estudo e estarem mais bem preparadas, que por si só já é um dado importante, mas partindo do princípio, cada vez mais raro, de que homens e mulheres disputam, no tocante à formação, em igualdade de condições, ainda assim elas têm maior sensibilidade. Ora, está mais que provado que a sensibilidade feminina é muito superior a masculina e, de fato, não é necessário ser um cientista para compreender isso, apenas observar qualquer casal se relacionando. Em média, a mulher, além da sensibilidade, tem perspicácia para compreender as coisas de forma muito mais rápida, o que o senso comum chama de “intuição feminina”.

A maior inteligência e a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, que, no mundo de hoje, são fundamentais para se exercer a liderança, são dois aspectos, embora já conhecidos, que são reforçados pelos resultados desta pesquisa. A habilidade no uso da razão também sugere que elas sejam melhores quando o assunto são os relacionamentos profissionais, resultado que a pesquisa também aferiu. Ora, é necessário uma pesquisa para exaltar todas estas virtudes femininas, ou basta simplesmente olhar para o mundo que está em nossa volta?

Para nós, homens, sem receio ou medo, a pesquisa deve ser lida como mais uma afirmação de que a sociedade caminha para uma nova divisão do trabalho: homens (trabalho braçal) e mulheres (trabalho intelectual). Por mais que fiquemos revoltados, os papéis de liderança na sociedade serão, em pouco tempo, ocupados por elas. O que a gente pode fazer? Nada. Ou melhor, podemos sim, compreender que, de fato, elas são mais preparadas e que a sociedade estará bem melhor sendo guiada por elas. Podemos, não com o sentimento de derrota, mas com a certeza de estar caminhando para um mundo melhor, auxiliar as mulheres na construção deste futuro inevitável.


Rick

Sunday, February 21, 2010

Reflexões sobre a Nudez masculina

Em termos visuais, talvez a marca mais evidente do machismo seja exposição do corpo da mulher. Em revistas, páginas de jornal ou mesmo na televisão, em qualquer horário e para qualquer público, a nudez feminina, nos últimos anos, sofreu um forte processo de banalização, atendendo aos apelos eróticos dos machos consumidores ou mesmo das mulheres vaidosas, que, seguindo as regras da sociedade, gostariam de aparecer no pôster da borracharia ou nos anúncios das TVs.


Muito se tem falado que isso é resultado de um processo de liberalização da sociedade, o que não deixa de ser verdade. No entanto, ao vermos a presença da nudez masculina em nossa sociedade, não é difícil concluir que se trata, na verdade, de um processo de liberalização de uma sociedade machista e patriarcal. A nudez masculina ainda é reservada, guardada como um bem, nitidamente é mais agressora para os hábitos e costumes que a nudez da mulher. Ora, por que?


Freud já dizia, bem antes deste processo de liberalização, que o pênis era motivo de orgulho para o homem. A mulher, castrada, sentia uma eterna inveja do homem, pois, por natureza, não teria o tão importante pênis. Ao longo dos anos esta conclusão foi constantemente debatida e contestada, inclusive por Solanas, que, invertendo a lógica do psicólogo, afirma que é o homem que é um ser incompleto, logo, é ele quem sentiria inveja da vagina. Buscando a biologia, alguns vão afirmar que o pênis é parte de um aparelho reprodutor ultrapassado, que precisa ser externo em função de fatores como a temperatura corporal, uma concepção não muito feliz da natureza que os machos herdariam. No entanto, independente destes interessantes pontos de vistas discordantes, talvez realmente Freud tenha razão, errando apenas a natureza da inveja.


O pênis não é apenas um símbolo da virilidade e da força masculina. Ele é um símbolo da virilidade e da força masculina dentro dos valores aceitos e reconhecidos pela sociedade machista patriarcal. Esta diferença faz toda importância, pois, simbolicamente, não significa que as “mulheres invejosas” queriam ser homens, mas sim que as mulheres, socialmente submissas, queriam alcançar as vantagens que a virilidade e a força masculina eram capazes de alcançar.


Esta contextualização da teoria freudiana ajuda a compreender a questão, mas, de qualquer forma, o pênis é visto como um símbolo do orgulho do homem, obviamente, símbolo do orgulho machista. Toda mulher que deseja “educar” o seu homem, fazendo-o abandonar certos valores machistas e assumir o controle da relação sabe que é fundamental quebrar este orgulho, relativizando-o para o que de fato ele é: parte de um contexto histórico que não é algo natural, mas construído em relações de poder que trazem conseqüências e que pode ser diferente. Nesta tarefa, muitas afirmam que “ridicularizar” e “ironizar” o pênis é uma medida bastante eficiente, pois, como todo o símbolo, tem o poder de provocar a reflexão sobre um todo muito mais abrangente.


Sendo um símbolo da sociedade machista, não é difícil perceber que o pênis resiste a tal liberalização, escondido para não “agredir” a boa sociedade. Nestes tempos em que o machismo desmorona, é muito natural que, além de espaço na sociedade, as mulheres busquem a satisfação de seus desejos eróticos, que, naturalmente, passa por uma maior exposição da nudez masculina. É verdade que as mulheres possuem uma necessidade erótica bem diferente dos homens, não tão exacerbada e pornográfica, com certeza mais romântica e artística. Nos últimos anos, algumas revistas voltadas para o público Gay passaram a explorar a nudez masculina. Muitas meninas, na ausência de outras publicações, passaram a comprar estas revistas. No entanto, apesar de matarem suas curiosidades sobre o corpo masculino, a estética gay é também é feita para homens, não compreendendo, e não tendo o interesse de compreender, a alma feminina. Nos EUA, país em que a ascensão da mulher na sociedade está bem mais avançada, a revista Playgirl, direcionando para as mulheres, faz enorme sucesso, revelando para as jovens meninas tudo o que alguns dos mais belos homens da sociedade norte-americana até então escondiam, mas que elas sempre quiseram saber como era.


A mulher é naturalmente curiosa, mas, além disso, a nudez masculina é bem mais reveladora que a feminina. Quando uma mulher revela o seu corpo nu, a beleza está nas curvas, que são vistas por completa, com destaque para os seios e para a cintura. A vagina está escondida pelos pubianos, mas é tudo o que o menino pode admirar e imaginar. Quando o homem revela a sua nudez, a beleza está no corpo musculoso visto por completo, com destaque para a coxa, os braços, o peitoral e o trapézio. Tudo se integra para formar o belo masculino que desperta o interesse das mulheres. No entanto, no caso da nudez masculina, nada pode ser escondido, pois o órgão sexual é externo. Ao contrário dos meninos, a menina vê realmente o homem nu, analisando, por exemplo, o tamanho do pênis. As maiores intimidades masculinas são inevitavelmente reveladas para elas, sobretudo se alguma foto contemplar o órgão ereto. Umas séries de avaliações podem ser feitas pela menina, ao contrário dos meninos, que praticamente não vêem nada.


Esta exposição por completo do homem nu também se torna um problema, nos dias de hoje, quando se torna natural para a mulher estabelecer comparação. Ora, há poucas décadas, os homens se exibiam para as mulheres que se escondiam. Hoje, ao se exibir, ele pode receber como resposta um sorriso irônico que será facilmente interpretado. A preocupação masculina com o corpo, para atender os interesses das mulheres, também é uma das marcas do nosso tempo, evidenciando a importância de se apresentar para as muheres, o é também novo na história. O homem de hoje é um ser em constante dúvida de si mesmo e, muitas vezes, de sua própria nudez diante de uma mulher. Com a ascensão das mulheres na sociedade, a nudez masculina, se ainda não se banalizou, certamente ganhou bem mais espaços. Os chamados “clubes de mulheres”, que há mais de uma década faz sucesso, é uma possibilidade para as mulheres, além de apreciarem homens nus, realizarem algumas fantasias eróticas em companhia de suas amigas, esquecendo por algumas horas namorados, noivos ou maridos. Em outras palavras, assim como as mulheres, os homens também estão se tornando um objeto que vale pela beleza de seus corpos, podendo lucrar com ele.


É com este ponto que fechamos este texto. Em uma realidade em que a mulher, inevitavelmente, se tornará à maioria do mercado de trabalho e terá poder aquisitivo mais elevado em poucos anos, é natural que a exposição dos corpos, antes voltada para os homens, priorize elas. Seguindo os padrões estéticos valorizados pelas mulheres, a exposição do corpo masculino no futuro é um fato inevitável, sendo, inclusive, aproveitado pelos homens em proporções muito maiores do que hoje, em função das dificuldades de se conseguir emprego, em sua maioria ocupada pelas mulheres. Em qualquer sociedade, quem tem o dinheiro dita as regras e, embalado pelo subemprego dos homens sem instrução, o corpo masculino se tornará objeto de consumo. De qualquer forma, mesmo que a transformação não tenha se completado, ver o homem nu é um direito das mulheres. A beleza nunca agride.